9 Nov - Google Analytics 4 & Desinformação nas eleições dos EUA
O Biden ganhou e eu quero meus últimos 4 anos de volta
Bem-vindo ao digital brief de 9 de Novembro de 2020! :-)
O Google lançou recentemente a versão 4 do seu pacote de Analytics, que tem cerca de 85% de quota de mercado. Uma história que começou em 2005 com a compra da Urchin (UTM quer dizer Urchin Tracking Module). Quais as principais mudanças?
Visualmente o GA4 apresenta um visual mais moderno e uma divisão de dados no que agora se chama Lifecycle - os antigos Audience/Acquisition/Behavior/Conversions passam a Acquisition/Engagement/Monetization/Retention, com maior foco no consumidor (e na sua experiência, hello Core Web Vitals) e em simplificar a análise dos dados face a objectivos de marketing e vendas (os dados de audiência e conversões/eventos passam a ter uma secção dedicada).
A versão 4 marca sobretudo a introdução massiva de Machine Learning (ML) e Inteligência Artificial (IA) - uma clara indicação de que o Predictive Analytics chegou ao comum dos mortais, oferecendo maior automação na análise de dados e relatórios que produzem insights sem a necessidade de os realizarmos manualmente.
Outra novidade importante é a possibilidade de tracking cross-platform (por exemplo entre um site e uma app) e uma maior integração com o Google Ads que permite por exemplo utilizar conversões realizadas no YouTube. É possível igualmente analisar eventos sem necessidade de introdução de código adicional (codeless event tracking). Ah, é verdade, quase me esquecia - o Bounce Rate morreu!
INSIGHT-CHAVE
É previsível que o mercado demore 2/3 anos para fazer o upgrade para o GA4, mas é aconselhável que os marketeers comecem já a explorar as funcionalidades da nova versão (por exemplo em sites pessoais). Para além das novidades elencadas em cima, o foco na automação e na perspectiva consumer-centric (muito aplicada a Ecommerce) é um shift para a mentalidade da maior parte dos profissionais, que nem sequer ainda aprenderam a usar o GA3… Um marketeer sem skills de analytics não é admissível em 2020.
TRENDING
Para quem acompanhou as eleições nos EUA através das redes sociais em modo doomscrolling uma das novidades foi a forma como elas reagiram às publicações do campo Republicano. O Twitter (rede preferida para o Trump gritar em Caps Lock) teve de trabalhar horas extraordinárias e começou a marcar vários tweets relacionados com suspeição de votos ilegais.
Depois da desgraça de 2016 era difícil fazer pior, mas o consenso parece ser que as principais redes sociais se esforçaram para diminuir a desinformação em 2020. Mas se a desinformação já não desempenhou um papel assim tão importante como em 2016, é inegável que as divisões causadas em 2016 serviram para criar o Trumpismo (que não vai desaparecer e que pode voltar já em força em 2024). Deus nos ajude.
NOTÍCIAS
- Os grandes grupos de publicidade começam a mostrar sinais de recuperação
- Na Amazon, o revenue vindo de ads cresceu 51% no Q3
- O Google está a testar pequenos vídeos nos resultados de pesquisa
- E esclareceu a detecção de conteúdo duplicado no seu podcast oficial de Search
- Entretanto saiu mais um estudo a confirmar os efeitos da “search term blindness”
- O Facebook está a testar um dark mode para a sua app mobile
- E também a possibilidade de votação de comentários nos grupos
- O Instagram está a testar reacções a stories sem ser por DM
- O YouTube vai deixar de fazer reservas diárias de Masteaheads
- Um grupo de TikTokers conseguiu reverter a decisão de banir a app nos EUA
- O Whatsapp vai implementar mensagens que desaparecem
- A Mayple publicou um excelente guia sobre Ecommerce
- A Adobe prevê que em 2020, 42% das vendas online sejam mobile (nos EUA)
- A Ogilvy lançou um interessante report sobre eventos virtuais
- Androids mais antigos vão ter problemas em ler alguns sites em 2021
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