30 Nov - A morte do Spot de 30" & a explosão do E-commerce em Portugal
Esta semana falamos de tendências óbvias, mas que não são assim tão óbvias...
Bem-vindo ao digital brief de 30 de Novembro de 2020! :-)
Fiz um pequeno redesign do logo da Newsletter no Canva, o que me lembra este meme, espero que gostem (deixem os vossos comentários positivos no site).
Esta semana gostaria de falar sobre o velhinho spot de 30 segundos. Inicialmente a TV seguiu os templates publicitários da rádios nos anos 50, com anúncios de 60 segundos, mas rapidamente evoluiu para durações de 30 segundos e até mesmo 15 segundos. Estudos sugerem que 15 segundos será o limite da atenção de um consumidor.
A metáfora dos 30 segundos serve sobretudo para ilustrar a performance de conteúdos longos vs. conteúdos curtos em publicidade, sobretudo em digital. Embora haja quem defenda que o conteúdo longo pode vingar quando bem executado, a realidade é que as em plataformas como o TikTok e o YouTube os anúncios serão cada vez mais curtos e pensados para o mobile.
O spot de 30 segundos não vai morrer já, mas para sobreviver tem de ser digital-first - colocando a mensagem da marca no início por exemplo e olhando para o formato enquanto primeiro passo numa mensagem que incluirá necessariamente um passo posterior de remarketing para quem viu uma grande parte do spot.
INSIGHT-CHAVE
É ainda muito comum as marcas pensarem em Spots TV e depois colocarem os mesmos em digital, sem grande preocupação em adaptá-los para o novo meio. A minha previsão é que nos próximos anos se comece a fazer precisamente o contrário - sobretudo tendo em atenção que a própria TV se vai tornar dentro em breve digital. Isto é especialmente relevante quando a geração Millenial ultrapassar em número as gerações Bommer e X.
TRENDING
Agora não se fala de mais nada do que a explosão do E-commerce em Portugal. Dados recentes falam num crescimento de 57% só nos últimos seis meses (150-170% desde março, quando comparamos dados homólogos!). Há no entanto dois factores importantes a considerar: 1) Portugal estava muito atrasado na penetração Ecommerce; 2) quem compra online é mais jovem e tem maior poder económico.
Como indica o report Ecommerce dos CTT, isto indica possivelmente um regresso a um modelo misto de compras pós-pandemia, sendo que para a população mais velha nem sequer começou a houver um real ingresso neste hábito digital. Resta questionar o que acontece à maioria das pequenas lojas de Ecommerce fundadas neste período: irão sobreviver? É esperar por 2021 para ver…
Ah, e já agora. Nós deviamos pensar seriamente em consumir menos. Sei que isto não é provavelmente o melhor conteúdo para uma Newsletter sobre Marketing Digital, mas amigos, o planeta está a rebentar. Comprem menos, reutilizem mais! Será que precisam mesmo de comprar aquele último iPhone?
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